domingo, 20 de março de 2011

Superintendência do Trabalho consegue estabelecer diálogo entre trabalhadores e Camargo Correia no conflito da usina de Jirau

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Rondônia, por meio do seu titular, Rodrigo Melo Nogueira, convocou reunião para analisar e propor ações exeqüíveis, de imediato, para minorar o problema surgido com o conflito ocorrido na construção da Usina de Jirau, no Rio Madeira, em Porto Velho- RO.

Participaram da reunião a Procuradoria Regional do Trabalho da 14ª Região, o Tribunal Regional do Trabalho – 14ª Região, Ministério Público Federal, Central Única dos Trabalhadores –CUT, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil no Estado de Rondônia/STICCERO, Força Sindical, Federação Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias nos Estados de Rondônia e do Acre – FITRAC, Consórcio Energia Sustentável e a Empresa Camargo Correa. Participaram também o deputado federal Padre Tom (PT) e o vice-Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PT).

No início da reunião, Rodrigo Nogueira, informou que tinha mantido contado com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que lhe pediu um relatório dos fatos ocorridos na Usina de Jirau e quais as medidas que a Superintendência do Trabalho em Rondônia estava tomando para contribuir com a solução do problema, sendo esse, um dos motivos para a realização da reunião. Outro motivo é que foi detectado pelo setor da Superintendência responsável pelas relações do Trabalho, que tem na chefia Maria Alzinete de Jesus e Silva, que até o momento não estava havendo interlocução,diálogo, entre a empresa responsável da obra e as entidades sindicais das categorias dos trabalhadores.

O Chefe da Seção de Fiscalização da Superintendência do Trabalho-RO, auditor fiscal Wilmo Alves, dando inicio aos questionamentos a empresa Camargo Correia, manifestou sua preocupação - em relação a rebelião ocorrida na obra da Usina de Jirau e a transferência dos trabalhadores para alojamentos improvisados na cidade de Porto Velho – com o seguinte: Os funcionários do Setor de Saúde e Segurança do Trabalhador da Empresa Camargo Correia foram dispensados? Qual a real situação dos trabalhadores? Foram demitidos? Como fica o trabalhador em seu retorno para casa? O que a Empresa está fazendo com relação a acomodação desses trabalhadores?

As entidades representativas dos trabalhadores, por meio de seus dirigentes, fizeram denúncias quanto o desrespeito aos operários, bem como, elencaram outras preocupação em relações o cumprimento dos direitos trabalhistas principalmente quanto as condições de trabalho e qual o tempo para que esses trabalhadores voltem ao trabalho.

Os representantes da empresa Camargo Correia fizeram a explanação de como estavam analisando a situação e assumiram que muitas das reivindicações e direitos solicitados no momento realmente não estavam sendo cumpridos devido a situação atípica. “ Trabalho há mais de 30 anos na Camargo Correia e nunca vi nada parecido com que aconteceu na obra da Usina de Jirau”, disse Antônio Martins Verdério, gerente de Relações do Trabalho da empresa Camargo Correia.

O representante da Camargo Correa informou que os trabalhadores estão sendo assistidos e que a Empresa está fazendo a triagem dos mesmos, inclusive disponibilizando um telefone 0800 para contato, além de ter fornecido aos mesmos, transporte, alimentação e alojamento enquanto perdurar esse afastamento temporário. Os que estão voltando para suas cidades, é provável que sejam licenciados, não soube informar precisamente, e que essa situação é de emergência dado o expressivo número de trabalhadores envolvidos e que está buscando fornecer um mínimo de condições para os trabalhadores, afirmou que não está havendo demissão de trabalhadores.

Diante do quadro posto e analisado pelas partes - empreiteira e entidades sindicais – ficou acordado que a empresa Camargo Correia, de forma imediata, começará a dar condições dignas de hospedagens aos operários e trabalhar para atender os outros pontos reivindicados pelas entidades sindicais e outros exigidos pela fiscalização da Superintendência do Trabalho – RO, ficando acordado também entre as partes, nova reunião para a próxima segunda-feira ( 21) , às 15 horas, mediada pelo Ministério do Trabalho.

“A Superintendência do Trabalho acredita ter cumprido seu papel, principalmente porque conseguimos estabelecer a conversação e o diálogo entre as entidades representativas dos trabalhadores e os representantes da empresa responsável pela obra da usina de Jirau. Ficamos satisfeitos com esse resultado, tanto que os representantes da empresa e das entidades sindicais classificaram a reunião de “ótima”. Daqui pra frente vamos continuar mediando essas conversações bem como, por meio da fiscalização, cobrar o cumprimento dos direitos dos trabalhadores mesmo nessa situação atípica, mas, tendo sempre a prudência e a coerência nas ações que o momento nos exige”, disse Rodrigo Nogueira.

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